Confira os postos de combustível suspeitos de ligação com o PCC
Brasil 247- As investigações apontam que a organização criminosa controlava toda a cadeia do setor.
Uma megaoperação chamada Carbono Oculto revelou a atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) em um esquema bilionário de fraudes no setor de combustíveis. Segundo informações divulgadas pela CNN Brasil, cerca de mil postos movimentaram aproximadamente R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024, com estimativa de R$ 7,6 bilhões em sonegação de impostos.
As investigações apontam que a organização criminosa controlava toda a cadeia do setor, desde a importação irregular de produtos até a venda final ao consumidor. O metanol, substância tóxica e inflamável que deveria ser destinado apenas a empresas químicas, era desviado do Porto de Paranaguá (PR) e usado para adulterar gasolina, gerando lucro milionário.
Além da adulteração, o grupo simulava transações comerciais e utilizava lojas de conveniência como fachada para a lavagem de dinheiro, recebendo grandes quantias em espécie e por meio de maquininhas de cartão. Em alguns casos, empresas sem atividade real emitiram mais de R$ 2 bilhões em notas fiscais frias.
Onde ficam os postos investigados
A lista de endereços levantados pela operação inclui estabelecimentos em São Paulo, Goiás e outros estados. Alguns deles são:
- Auto Posto Bixiga LTDA – Rua Manoel Dutra, 288 – São Paulo (SP)
- Auto Posto Azul do Mar LTDA – Rua dos Trilhos, 1031 – São Paulo (SP)
- Auto Posto Hawai LTDA – Rua Maria Godinho, 30 – Guarulhos (SP)
- Auto Posto Yucatan LTDA – Rua Duque de Caxias, 280 – Arujá (SP)
- Auto Posto Maragogi LTDA – Av. Adhemar de Barros, 586 – Guarujá (SP)
- Auto Posto Conceição LTDA – Rua Irma Serafina, 811 – Campinas (SP)
- Auto Posto Parada 85 LTDA – Av. C 12, 460 – Goiânia (GO)
- Posto Futura Niquelândia LTDA – Av. Brasil, 1612 – Niquelândia (GO)
- Auto Posto Dipoco LTDA – Av. Juscelino Kubitschek de Oliveira, 833 – Catalão (GO)
- Redevoada Auto Posto LTDA – Av. Alexandre Pereira Lima, S/N – Senador Canedo (GO)
Lavagem de dinheiro em larga escala
O esquema não se limitava à venda de combustível adulterado. As investigações revelaram que fintechs eram usadas como “bancos paralelos” para movimentar e esconder recursos do crime organizado. Empresas de fachada e fundos de investimento também serviam para blindagem patrimonial e dissimulação da origem ilícita do dinheiro.
De acordo com o secretário da Receita Federal, o crime organizado pode ter movimentado até R$ 70 bilhões por meio dessas operações, evidenciando a dimensão do envolvimento do PCC com o setor de combustíveis e o sistema financeiro paralelo.
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