Revista Fórum Em um evento do PL Mulher em Natal, Rio Grande do Norte, Michelle Bolsonaro (PL) retomou sua posição proeminente na crítica ao governo Lula. Durante seu discurso, a ex-primeira-dama adotou uma abordagem singular ao se apresentar como representante direta do cristianismo em ataques particularmente severos contra o ministro da Justiça, Flávio Dino, indicado por Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Antes de direcionar suas críticas a Dino, Michelle se colocou como vítima, mencionando a escalada de mulheres para confrontá-la, uma alusão às provocações respondidas pela presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffman. Além disso, ressuscitou a expressão "massas cheirosas", cunhada por Eliane Cantanhêde da GloboNews em 2010, para contrastar apoiadores do PSDB e a militância progressista.
No início de sua fala, a ex-primeira-dama enfatizou a organização, beleza e elegância do povo do PL, destacando a diferença em relação aos seus opositores. Em seu discurso, Michelle utilizou argumentos contundentes, referindo-se aos adversários como propagadores de "ideologias malignas" e "pessoas do mal". Para atacar Dino, empregou fake news, alegando que Lula enganou os cristãos ao indicar um suposto comunista para o STF.
Ao se autodeclarar porta-voz do cristianismo, Michelle acusou Dino de combater a família e os bons costumes, baseando-se em informações falsas. Ela reproduziu uma fake news que circula na extrema-direita, alegando que Dino seguia recomendações de Vladmir Lenin para destruir a família e a espiritualidade. No entanto, tais afirmações não têm base histórica, sendo distorcidas por meio de um vídeo editado.
Descendo ainda mais o tom, Michelle criticou uma foto de Dino segurando uma Bíblia ao lado do arcebispo de Brasília, acusando-o de ser contra os valores e princípios cristãos. Em sua retórica, ela afirmou categoricamente que não existe comunista cristão e alertou sobre os supostos perigos de Dino alcançar o STF.