Mostrando postagens com marcador Salvando Vidas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Salvando Vidas. Mostrar todas as postagens

Um ex-membro do MBL, que é também vereador e tem como alvo o padre Júlio, foi envolvido em um episódio de inadimplência bancária e está implicado em uma conspiração contra o pároco


 DCM - O vereador Rubinho Nunes (União), presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Centro, obteve a aprovação de um requerimento na quinta-feira (30/11) para convocar o padre Júlio Lancellotti a fornecer "esclarecimentos" sobre sua atuação na Cracolândia.

Padre Júlio dedica-se a salvar vidas de pessoas em situação de rua e dependentes químicos, oferecendo-lhes alimento e tratando-as com dignidade. Em contraste, Nunes, um membro da extrema-direita e fundador do MBL, acusa o padre de "lucrar com a miséria", uma afirmação cujo significado nem ele mesmo parece compreender. O que é claro é que Nunes nunca tomou medidas significativas para evitar a tragédia humana naquela região.


O DCM revelou que em 2019, o vereador Rubens Alberto Gatti Nunes foi condenado pela justiça em São Paulo por inadimplência bancária.


Rubinho Nunes, ex-MBL, vereador de SP


"É de conhecimento público e notório que uma instituição financeira não se caracteriza como entidade filantrópica", destaca o processo contra Rubinho.

A sentença determinou que Rubinho pagasse ao Bradesco a quantia de R$ 15.790,00, valor que havia sido disponibilizado pelo banco para cobrir o saldo negativo em sua conta.

"Se houve a concessão de valor em favor da parte requerida [Rubinho], esta deve restituí-lo, sob pena de enriquecimento ilícito", ressalta o processo.

Conforme o documento, ele formalmente adquiriu o limite de crédito e utilizou o cheque especial do banco.

Um artigo da Piauí detalha como seu escritório foi envolvido em uma trama contra o Padre Júlio, arquitetada por Renan Santos e o deputado estadual cassado Arthur “Mamãe Falei” do Val, ambos líderes do MBL.


Dois ex-membros do grupo afirmaram que, em setembro de 2020, um informante anônimo encaminhou à polícia um vídeo que supostamente mostrava um adolescente de 16 anos trocando mensagens de teor sexual com um perfil atribuído a Lancellotti. O propósito era incriminá-lo por crime de pedofilia.

O engenheiro Fernando Dainese, que revelou os detalhes dessa ação desprezível, era um dos dirigentes na campanha de Rubinho Nunes.


Segundo ele, o rapaz que se passou por outra pessoa para prejudicar o padre “fez essa operação dentro do escritório de advocacia do Rubinho, que também era onde funcionava o comitê de campanha”.

Dainese se queixou não ter ocupado o cargo que lhe prometeram no gabinete de Nunes: “Disseram que tinham um cargo para mim, de 12 ou 15 mil por mês, que era o que eu queria”.