Zambelli será extraditada da Itália e pretende delatar Bolsonaro por vingança, afirma jornalista


 Urbs Magna - Condenada a 10 anos de prisão pelo STF, a deputada que está na lista da Interpol carrega mágoa pela ingratidão do ex-presidente e delação premiada exporá segredos do bolsonarismo.

Carla Zambelli, deputada federal pelo PL-SP, tornou-se um risco iminente para Jair Bolsonaro após sua fuga do Brasil para a Itália.


Condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ela está na lista vermelha da Interpol, o que restringe seus movimentos na Europa.


“Ela é um risco gigante para o Jair Bolsonaro, porque ela não vai demorar uma semana para fazer uma delação premiada. Ela tem o que delatar”, afirmou o jornalista Eduardo Guimarães, em seu canal no YouTube, Blog da Cidadania, neste sábado (7/jun).


A tensão entre Zambelli e Bolsonaro se intensificou após episódios de desavenças públicas.


“O Bolsonaro chegou a bloqueá-la no WhatsApp porque ela, quando foi condenada, pediu o apoio do ex-presidente”, revelou Guimarães.


A deputada, magoada, criticou a falta de apoio do ex-presidente, especialmente após ele a culpar pela derrota nas eleições de 2022 devido ao incidente em que perseguiu um homem com arma em punho em São Paulo


“Bolsonaro disse que ela tirou a eleição dele com aquela perseguição armada”, lembra o jornalista.


Zambelli enfrenta um mandado de prisão preventiva emitido pelo ministro Alexandre de Moraes na quarta-feira (4/jun), após sua fuga do país.


“Ela não pode pisar fora da Itália. Se sair da jurisdição do país para qualquer outro da Europa, a Interpol prende”, explicou Guimarães.


Apesar de possuir cidadania italiana, a extradição é possível, como no caso de Henrique Pizzolato, extraditado da Itália em 2015 pelo STF.


“A justiça italiana não vai ter como segurá-la”, acrescentou o jornalista, citando o precedente.


A deputada planejava percorrer a Europa para atacar o judiciário brasileiro, mas esses planos foram frustrados. “Ela tinha anunciado planos de percorrer a Europa falando mal do STF, e esses planos foram por água abaixo”, disse Guimarães.


A Itália, apesar de governada pela primeira-ministra de centro-direita, Giorgia Meloni, já sinalizou que não pretende proteger Zambelli, especialmente após críticas à premier por libertar um criminoso de direita.


“O governo italiano já disse que não vai acobertar a Zambelli”, frisou o jornalista.


A possibilidade de uma delação premiada é agravada pela fragilidade emocional de Zambelli.


“Ela já disse várias vezes que não suportaria a prisão”, relatou Guimarães, mencionando que a deputada envolveu a mãe e o filho em apelos públicos, alegando dificuldades financeiras.


Como parte do núcleo duro do bolsonarismo, ela teve acesso a informações sensíveis.


“Ela participava do núcleo duro do bolsonarismo e teve acesso às ideias do Bolsonaro de golpe e tantas outras ideias”, afirmou o jornalista, sugerindo que uma delação poderia revelar detalhes sobre a tentativa de golpe e outros crimes.


A relação estremecida com Bolsonaro também alimenta o risco.


“Críticas públicas de Jair Bolsonaro a Carla Zambelli tiveram impactos muito fortes”, observou Guimarães.


Em fevereiro de 2023, Zambelli criticou Bolsonaro por estar nos Estados Unidos em vez de no Brasil, gerando reações negativas entre bolsonaristas.


O ex-presidente culpa a deputada pela derrota na eleição de 2022 para o Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).


“Ela rebateu o Bolsonaro dizendo que ele perdeu por outro motivo, que ela não tem culpa nenhuma”, completou o jornalista.


A situação de Zambelli é monitorada de perto pela Interpol, liderada pelo brasileiro Valdecir Urquiza.


“Esse brasileiro, o Valdecir Urquiza, foi o responsável por incluir a Zambelli na lista vermelha”, destacou Guimarães, enfatizando que ela será presa se deixar a Itália.


Enquanto isso, a deputada continua a atuar remotamente, votando em sessões da Câmara dos Deputados pelo celular, mesmo foragida.


“Enquanto estava fugindo, ela pelo celular foi votando nas sessões da Câmara dos Deputados”, revelou o jornalista.


O caso de Zambelli ganhou atenção internacional, com o deputado italiano Angelo Bonelli cobrando ações do governo italiano para colaborar com a Interpol.


A pressão judicial e a mágoa pessoal aumentam a probabilidade de uma delação que pode comprometer Bolsonaro e seus aliados.


“A Carla Zambelli promete vingança contra o Jair Bolsonaro”, concluiu Guimarães, alertando para os desdobramentos do caso.


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