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MPSP livrou Cariani 8 meses antes de operação da PF contra produção de crack


 DCM - O Ministério Público de São Paulo (MPSP) arquivou um inquérito oito meses antes da operação da Polícia Federal (PF) direcionada ao influencer fitness Renato Cariani por suspeita de desvio de substâncias químicas para a produção de crack e cocaína, segundo o Metrópoles. A mesma denúncia foi o ponto de partida para ambos os casos.

De acordo com a PF, o esquema liderado por Cariani desviou, em seis anos, uma quantidade de substâncias químicas suficiente para produzir 15 toneladas de crack. A investigação, em cooperação com o Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), iniciou-se em 2019 após a denúncia do laboratório AstraZeneca, fabricante de vacinas contra a Covid-19.

A PF solicitou a prisão de Cariani, da sócia na empresa investigada (Anidrol), e de outros dois suspeitos, mas todos os pedidos foram negados pela Justiça Estadual. Em resposta às buscas e apreensões, Cariani afirmou em vídeo nas redes sociais ter sido “surpreendido” pela operação da PF e que solicitará acesso ao processo antes de fazer declarações.



Renato Cariani. Foto: reprodução

Paralelamente à investigação da PF, a Polícia Civil paulista e um promotor do MPSP conduziram outro inquérito baseado na denúncia da AstraZeneca. Contudo, o Ministério Público Estadual encerrou a apuração em abril deste ano, apontando lacunas na investigação.


Além da denúncia do laboratório, a Polícia Civil ouviu uma representante da AstraZeneca que mencionou notificações da Receita Federal por transações suspeitas com a Anidrol, empresa da qual Cariani é sócio.

Durante diligências na empresa, a Polícia Civil analisou registros de veículos que entraram na sede da Anidrol. Um proprietário de um dos carros, no entanto, alegou desconhecer a situação, pois comprou o veículo após seu registro na empresa de Cariani.

A investigação se encerrou nesse ponto, sem a quebra de sigilo para identificar o verdadeiro proprietário do e-mail usado para comunicação com Cariani em nome da AstraZeneca, tampouco houve prorrogação do inquérito.