Motta afirma que ainda avalia punição a deputados que ocuparam a Mesa


 Brasil 247 -  Presidente da Câmara afirma que imagens estão sendo analisadas e que decisão será tomada de forma colegiada pela Mesa Diretora.


O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos‑PB), declarou que está em análise a possibilidade de punições aos parlamentares que protagonizaram o tumulto na sessão de retomada dos trabalhos legislativos. A declaração foi dada em entrevista à coluna de Igor Gadelha, do portal Metrópoles, nesta quinta-feira (8/8).


“Existem pedidos de lideranças para punir este ou aquele deputado. Estamos avaliando. É uma decisão conjunta da Mesa. Mas está, sim, em avaliação a possibilidade de punição a alguns parlamentares que ontem [quarta-feira, 6/8] se excederam, digamos assim, do ponto de vista de dificultar o reinício dos trabalhos”, afirmou Motta. Segundo ele, entre as medidas previstas estão sanções regimentais, como a suspensão de mandato, e já há uma apuração em curso com base nas imagens do ocorrido. “Atitudes que não colaboram para o bom funcionamento da Casa precisam ser coibidas”, disse.


Pressão da oposição e tumulto na retomada

O episódio citado por Motta se deu na noite de quarta-feira (6/8), quando diversos deputados da oposição ocuparam a Mesa Diretora da Câmara como forma de pressão para a votação do projeto de anistia a partidos e da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com o foro privilegiado. A ação causou um atraso de duas horas na abertura oficial da sessão de reinício dos trabalhos legislativos.


Após a resistência, Hugo Motta conseguiu reassumir seu lugar na Mesa Diretora e deu início à sessão. Em seu discurso, o presidente da Câmara mandou um recado direto aos colegas: “Projetos pessoais não estão à frente do povo”.


Motta nega acordo e reafirma autoridade da presidência

Líderes da oposição afirmaram à imprensa que houve um acordo com a presidência da Câmara para desobstrução da Mesa em troca da garantia de votação do projeto da anistia. Hugo Motta, no entanto, negou qualquer tipo de negociação.


“A presidência da Câmara é inegociável. Quero que isso fique bem claro. As matérias que estão saindo sobre a negociação feita por esta presidência para que os trabalhos fossem retomados não estão vinculadas a nenhuma pauta”, afirmou o parlamentar à imprensa nesta quinta-feira. Em tom firme, acrescentou: “As prerrogativas da presidência não são tratadas nem com a oposição, nem com o governo, nem com absolutamente ninguém”.


Decisão caberá à Mesa Diretora

Apesar de reconhecer que há pressão por sanções, Hugo Motta ressaltou que qualquer decisão nesse sentido será coletiva e respeitará os trâmites regimentais. “É uma decisão conjunta da Mesa”, repetiu, indicando que não tomará nenhuma medida isoladamente. O episódio reacende o debate sobre a relação entre governo, oposição e o papel institucional da presidência da Câmara diante de crises e tentativas de obstrução legislativa.


Com a tensão ainda no ar e as imagens sendo analisadas, a expectativa é que nos próximos dias a Mesa Diretora delibere sobre eventuais sanções aos parlamentares envolvidos no episódio.

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