Ativistas foram alvejados por drones israelenses com espuma química antes de serem sequestrados
DCM- O barco Madleen, que levava 12 ativistas rumo à Faixa de Gaza para entregar ajuda humanitária ao local, foi interceptado pelo Exército de Israel na noite na madrugada desta segunda-feira, 9 (horário local). A informação foi confirmada pelo próprio Ministério das Relações Exteriores de Israel no X (antigo Twitter), afirmando também que os tripulantes estão a caminho, em segurança, das costas de Israel e que retornarão aos seus países de origem.
Antes da embarcação ser interceptada e a comunicação do barco ser interrompida, os ativistas relataram movimentações estranhas em alto mar, como “embarcações não identificadas” cercando o Madleen e drones israelenses sobrevoando o barco e atirando um líquido branco que ainda não foi reconhecido.
Em vídeos compartilhados nas redes sociais, é possível ver o desespero da tripulação com o conteúdo jogado pelos drones, e a preocupação de se manterem protegidos por não saberem o teor do que estava sendo atirado dentro do navio – reforçando que Israel não estavam sendo pacífico e que “um crime de guerra estava prestes a acontecer”.
Segundo relatos da co-fundadora do Movimento de Solidariedade Internacional, Huwaida Arraf, à Al Jazeera, diretamente da Sicília, “alguns relataram ardência nos olhos” após o contato com a substância química. “Eles também foram abordados de forma ameaçadora por embarcações. Durante pelo menos uma hora e meia, estavam sob pressão das forças israelenses”, contou.
A bordo da embarcação da Flotilha da Liberdade estão a sueca Greta Thunberg, o ator Liam Cunningham, da série “Game of Thrones”, o ativista brasileiro Thiago Ávila, a francesa Rima Hassan, o jornalista da Al Jazeera Mubasher, Omar Faiad, entre outros.
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