Golpe em pauta: STF julga militares e policial federal acusados de planejar assassinatos de Lula e Moraes
DCM- Nesta sexta-feira (20), o Supremo Tribunal Federal (STF) começou o julgamento da denúncia contra o chamado Núcleo 3 da tentativa de golpe, formado por 11 militares do Exército e um agente da Polícia Federal (PF).
Eles são acusados de planejar ataques para impedir a posse do presidente Lula (PT), em 2023, e atacar instituições democráticas, incluindo possíveis assassinatos de autoridades.
A Procuradoria-Geral da República afirma que os acusados atuaram na parte tática e operacional do plano. Eles teriam pressionado o comando das Forças Armadas, usado força contra autoridades e monitorado possíveis alvos.
As acusações incluem tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, destruição de patrimônio e tentativa de acabar com o Estado Democrático de Direito.
Entre os envolvidos está Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federal, que tinha acesso direto à equipe de segurança de Lula – ele trabalhou na segurança do presidente durante a transição de governo e repassou informações como localização da comitiva e rotas usadas a aliados de Bolsonaro, segundo a PF.

Em mensagens obtidas durante a investigação, Wladimir demonstrou apoio à violência. “A gente ia matar meio mundo de gente”, disse ele em um áudio. Em outro trecho, afirmou: “Ele tinha que ter tido a cabeça cortada. A gente estava preparado, inclusive, para ir prender o Alexandre Moraes. Eu ia estar na equipe.”
A Polícia Federal aponta que o plano também envolvia os nomes de Alexandre de Moraes, Geraldo Alckmin e até uma tentativa de envenenamento. Além do agente da PF, o grupo contava com coronéis e generais que participaram de reuniões secretas, redigiram documentos golpistas e pressionaram a cúpula do Exército.
Caso a denúncia seja aceita, os 12 acusados do Núcleo 3 se tornarão réus. A expectativa é de que a decisão siga o padrão dos núcleos anteriores, que já incluíram nomes como Jair Bolsonaro e Braga Netto.
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