Bolsonaristas contra o sistema? Votaram contra a tributação dos super-ricos e se recusaram assina a PEC para acabar com a escala 6x1

Bolsonaristas contra o sistema? Votaram contra a tributação dos super-ricos e se recusaram assina a PEC para acabar com a escala 6x1

 Não se enganem com essa conversa sobre “pautas de bons costumes” que tantos políticos de extrema direita insistem em usar. A realidade é que essa narrativa esconde um objetivo muito claro: manter privilégios e proteger os interesses dos mais ricos, muitas vezes à custa dos direitos dos trabalhadores e das minorias.

Vejam, por exemplo, a recusa do Partido Liberal em apoiar a Proposta de Emenda Constitucional apresentada pela deputada Erika Hilton. Essa PEC propõe mudanças que buscam alternativas ao regime de trabalho 6x1, uma escala que exige seis dias de trabalho com apenas um dia de descanso. Um modelo exaustivo, que limita o tempo dos trabalhadores com suas famílias, com sua vida pessoal, e que tira a dignidade de quem já tem tão pouco.

A proposta apresentada é encabeçada pelo Movimento Vida Além do Trabalho e por figuras como o vereador Rick Azevedo. Ele e outros apoiadores estão na luta para garantir mais dignidade ao trabalhador brasileiro. Mas, diante de uma proposta que traria um mínimo de equilíbrio para quem segue essa rotina desgastante, o que faz o PL? Se opõe. Em vez de enxergar o sofrimento do trabalhador, se coloca contra uma medida que traria um respiro, que daria mais qualidade de vida.

É essencial entendermos a quem realmente serve essa resistência. Esses parlamentares não são porta-vozes do povo, embora façam parecer que defendem a maioria. Ao contrário, em vez de defender os mais necessitados, eles mantêm as vantagens de quem já é privilegiado. Porque, na prática, esse é o interesse deles: preservar um sistema onde os poucos que têm mais seguem mantendo o controle, mesmo que isso custe o mínimo de dignidade para a população.

Sinceramente, é revoltante ver a incoerência de políticos de extrema direita que se dizem ser  “anti-sistema.” Eles mentem descaradamente para conquistar eleitores, mas na prática votam contra qualquer projeto que beneficie as minorias ou que exija alguma responsabilidade dos mais ricos. A resistência contra a taxação dos super ricos é um exemplo claro. A medida poderia trazer cerca de 40 bilhões de reais à economia, uma quantia que poderia ser usada para melhorar a qualidade de vida de milhões de brasileiros que vivem em situações de extrema necessidade. Esse dinheiro poderia transformar políticas sociais, poderia levar um mínimo de justiça e dignidade para os mais pobres. Mas o que eles fazem? Votam contra.

Enquanto isso, eles continuam defendendo essas chamadas “pautas de bons costumes”, sempre fingindo que estão ao lado do povo. Mas, na prática, estão ao lado de quem já tem tudo. Eles votam contra direitos trabalhistas e contra qualquer proposta que traga justiça social. Falam que são a favor de proteger o trabalhador, de valorizar a família, mas, na realidade, suas ações mostram o contrário. Eles não representam o povo. Eles representam os interesses dos mais ricos, dos mais poderosos, daqueles que já possuem privilégios.

É hora de enxergar isso. É hora de olhar além das palavras, além da propaganda, e ver quem realmente está lutando pelo povo. A PEC proposta por Erika Hilton é uma tentativa de construir um Brasil mais justo, onde todos – não apenas aqueles com privilégios – possam ter uma vida digna e equilibrada. E é por isso que ela enfrenta tanta resistência.

Então, na próxima vez que alguém disser que está defendendo “bons costumes” e se colocando contra o sistema, pergunte a si mesmo: “Será que ele está mesmo do meu lado, ou do lado de quem sempre teve tudo?” Porque a verdade é que muitos desses políticos que dizem lutar contra o sistema, na realidade, *são* o próprio sistema que mantém as desigualdades e beneficia apenas os mais privilegiados.