Manifestantes criticam apoio dos EUA a Israel em meio à escalada de tensão e risco de conflito generalizado no Oriente Médio
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Manifestantes se reúnem durante um protesto contra os ataques de Israel a alvos do Hezbollah no Líbano durante um comício perto da Casa Branca em Washington, EUA, 24 de setembro de 2024. REUTERS/Nathan Howard |
Reuters - Ativistas em várias cidades dos EUA se mobilizaram nesta terça-feira em protesto contra o apoio militar dos EUA a Israel, à medida que os riscos de um conflito mais amplo no Oriente Médio aumentam. Grupos antiguerra exigiram um embargo de armas ao aliado norte-americano.
Em Nova York, dezenas de manifestantes se reuniram na Herald Square, carregando cartazes com frases como "Fora do Líbano agora" e "Não à guerra EUA-Israel contra o Líbano", em protesto organizado pela coalizão ANSWER ("Aja agora para parar a guerra e acabar com o racismo"). Eles entoaram palavras de ordem como "Fora do Oriente Médio" e "Palestina livre", enquanto também criticavam líderes políticos como o presidente Joe Biden, a vice Kamala Harris, o ex-presidente Donald Trump e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
Em Washington, um grupo menor realizou um protesto semelhante perto da Casa Branca, mesmo sob chuva, expressando sua insatisfação com a postura do governo dos EUA em relação ao conflito.
A coalizão ANSWER, em comunicado, destacou que "os ataques de Israel no Líbano e o cerco em Gaza só são possíveis graças ao vasto fornecimento de armas pelos Estados Unidos". Eles relataram que manifestações similares ocorreram em outras cidades, como São Francisco, Seattle, San Antonio e Phoenix.
Israel justifica suas ações como legítima defesa contra grupos como Hamas e Hezbollah, considerados hostis. Apesar das críticas internacionais, o governo dos EUA continua a apoiar Israel, com Biden reforçando o apoio "inquebrável" dos EUA ao país, embora tenha pedido um cessar-fogo imediato.
O conflito em Gaza já resultou em mais de 41.000 mortes, além de uma crise humanitária severa, com alegações de genocídio que Israel nega. A ofensiva de Israel no Líbano, iniciada na segunda-feira, já deixou mais de 560 mortos, incluindo 50 crianças, e 1.800 feridos. Israel afirma que tem como alvo militantes do Hezbollah, enquanto o grupo libanês também disparou foguetes contra postos militares israelenses.
A escalada de violência preocupa a comunidade internacional, que teme uma guerra regional mais ampla e seus impactos no Oriente Médio. O tema tem sido discutido com urgência por líderes mundiais nas Nações Unidas nesta semana.
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