Inflação de setembro surpreende positivamente, contrariando previsões do mercado

O mercado financeiro errou mais uma vez em suas previsões. A prévia da inflação de setembro, medida pelo IPCA-15, ficou em 0,13%, bem abaixo da estimativa de 0,29% feita por analistas. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (25) pelo IBGE, mostram uma desaceleração em comparação com agosto, que registrou alta de 0,19%, e com o índice de setembro de 2022, que foi de 0,35%.

Quais itens ficaram mais baratos?

A pesquisa revelou uma leve queda de -0,01% nos preços de alimentação no domicílio, com destaques para reduções expressivas em produtos como a cebola (-21,88%) e a batata-inglesa (-13,45%). Além disso, os grupos de Transportes e Despesas Pessoais também contribuíram para a redução da inflação, registrando quedas de -0,08% e -0,04%, respectivamente. A gasolina apresentou uma retração de 0,66%, influenciando o recuo no setor de transportes. Outros combustíveis, como o etanol (-1,22%), também registraram diminuições.

O que subiu de preço?

Apesar das quedas, alguns itens mostraram elevação. A alimentação fora de casa teve um aumento de 0,22%, embora tenha desacelerado em relação ao mês anterior, quando subiu 0,49%. Outros grupos que apresentaram alta foram Saúde (0,32%), Artigos de Residência (0,17%) e Vestuário (0,12%).

O setor de Habitação foi o que mais impactou a inflação de setembro, com um aumento de 0,50%, impulsionado principalmente pela alta de 0,84% na energia elétrica residencial. O principal fator para esse aumento foi a entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha, a partir de 1º de setembro, o que encareceu a conta de luz.

Alimentos em destaque

O grupo Alimentação e Bebidas, que tem o maior peso no IPCA, subiu 0,05% em setembro, revertendo uma tendência de queda nos dois meses anteriores. Os principais responsáveis por essa alta foram o mamão, que disparou 30,02%, e a banana-prata, com aumento de 7,29%.