Delegações abandonam Assembleia Geral da ONU em protesto com a chegada de Benjamin Netanyahu
Globo News - Protesto marca discurso de Benjamin Netanyahu na Assembleia Geral da ONU
Na última sexta-feira (27), a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) foi palco de um intenso protesto diplomático, quando diversas delegações de países decidiram se retirar do plenário no momento em que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, subiu à tribuna para seu discurso. A saída em massa de representantes de diversas nações sinalizou o descontentamento de vários governos com as políticas e ações recentes do líder israelense, especialmente em relação ao conflito com a Palestina.
Durante o discurso, Netanyahu foi recebido com vaias de alguns setores do auditório, ao mesmo tempo em que a comissão israelense o aplaudia. As tensões em torno de sua fala refletiram o cenário polarizado da política internacional em relação ao Oriente Médio, com Israel sendo alvo de críticas pela expansão dos assentamentos e pelo tratamento aos palestinos.
Netanyahu, por sua vez, reiterou a posição de Israel sobre questões cruciais, como a segurança nacional e o direito do país à defesa, destacando os avanços em acordos regionais e a importância de se opor a ameaças vindas do Irã. Seu discurso foi visto como um esforço para reafirmar a liderança de Israel no cenário geopolítico e buscar apoio internacional em meio a um período de crescente pressão.
A retirada das delegações foi um gesto simbólico, mas significativo, demonstrando a insatisfação de parte da comunidade internacional com as posições adotadas por Israel. Países árabes e alguns membros do bloco de apoio à Palestina lideraram a ação, enquanto outros optaram por permanecer no plenário, embora em silêncio.
Ao final, o incidente destacou as profundas divisões dentro da ONU em relação ao conflito israelense-palestino e os desafios que ainda persistem na busca por uma solução pacífica e justa para ambas as partes. O gesto das delegações, somado às reações ao discurso de Netanyahu, serve como um lembrete de que as tensões políticas e diplomáticas em torno do Oriente Médio continuam a ressoar fortemente no cenário global.
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