PT entra na Justiça para impedir declarações "político-partidárias" de Campos Neto


 DCM -  A bancada do PT na Câmara dos Deputados acionou a Justiça para pedir que Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, seja proibido de dar declarações “de natureza político-partidárias”. Os parlamentares protocolaram uma ação popular argumentando que ele possui pretensões eleitorais que podem gerar “conflito de interesses” e representar “ato atentatório à moralidade administrativa”.

O partido solicita que Campos Neto seja impedido de dar declarações que “denotem possível interferência na imparcialidade política imposta” a quem ocupa o comando do Banco Central. A ação ainda cita notícias veiculadas na imprensa que apontam que ele estaria articulando uma vaga num eventual governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) na Presidência da República.

“No caso, a presente ação popular insurge-se contra ostensiva movimentação e articulação político-partidária do presidente do Banco Central do Brasil, amplamente registrada pela imprensa, que indica quebra da necessária imparcialidade na condução daquela instituição e das decisões de política monetária e cambial de sua responsabilidade, que afetam toda a economia do país”, diz a ação do PT.

Os deputados petistas ainda citam o jantar de Campos Neto e Tarcísio, e apontam que sua conduta pode gerar impacto na “adequada condução da política monetária e financeira nacional”. O objetivo da ação, segundo eles, é “preservar a integridade do Banco Central do Brasil” e evitar “que a presidência da instituição seja usada para beneficiar determinados segmentos políticos ou grupos econômicos em detrimento do interesse público e social”.

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, foi homenageado em jantar promovido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Foto: Rodrigo Romeo/Alesp

A ação foi protocolada um dia depois de críticas do presidente Lula a Campos Neto. Em entrevista à rádio CBN nesta terça (18), o petista afirmou que ele tem “lado político” e “trabalha para prejudicar o país”.

Ele ainda afirmou que o presidente do BC estaria “quase assumindo candidatura” e citou o jantar promovido pelo governador de São Paulo. “Não é que ele encontrou com Tarcísio numa festa. A festa foi para ele, foi homenagem do governo de São Paulo para ele”, apontou.

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