Nikolas faz novo ataque transfóbico contra Erika Hilton na Câmara
ICL Notícias Transfobia foi equiparada ao crime de racismo pelo Supremo Tribunal Federal em 2019
Novamente o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) atacou a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), líder do partido, desta vez em reunião da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher.
Durante audiência com a ministra Cida Gonçalves, Erika discutiu com a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) e a ofendeu fora do microfone.
A parlamentar psolista chamou a reacionária da extrema-direita de “ridícula”, “feia” e “ultrapassada”, e mandou ela “hidratar esse cabelo”.
Nikolas entrou no meio da conversa: “Pelo menos ela é ela”.

Nikolas ofende novamente Erika, uma das parlamentares de maior destaque no campo progressista
A discussão foi gravada e exposta nas redes sociais do autor da agressão.
A transfobia foi equiparada ao crime de racismo pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2019.
Nikolas já foi condenado por transfobia em BH
Nikolas, da ala bolsonarista, já tem alguns episódios criminosos na Casa, inclusive uma fala transfóbica no plenário, quando subiu à tribuna vestindo uma peruca, o que motivou uma representação no Conselho de Ética contra ele
Erika Hilton e Duda Salabert (PDT-MG) são as duas primeiras mulheres trans eleitas para o Congresso Nacional, uma avanço e tanto no país onde uma pessoa trans é assassinada a cada três dias. No ano passado, foram 145 assassinatos — pessoas que, em 80% dos casos, não chegaram a completar 35 anos de idade, de acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).
Em dezembro de 2023, a Justiça de Minas Gerais negou recurso movido pelo deputado e manteve uma condenação em processo de danos morais movido Salabert. Com isso, ele terá que pagar uma indenização de R$ 30 mil a ela, mas ainda cabe recurso.
O processo diz respeito a declarações feitas por Nikolas em 2020, quando o deputado transfóbico e Duda eram vereadores de Belo Horizonte. Em entrevista a um jornal na época, Nikolas disse que continuaria chamando Duda de “ele”, como já vinha fazendo durante a campanha eleitoral, por “ser o que está na certidão”.
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