No vídeo, Lula declara: "Desejamos construir algo que nunca existiu", referindo-se ao fortalecimento dos Brics

 


 DCM   - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, na manhã desta terça-feira (22), o fortalecimento do Banco dos Brics para fomentar investimentos. A declaração foi feita durante o podcast semanal Conversa com o Presidente.


“A gente quer criar um banco muito forte, que seja maior do que o FMI, mas que tenha outros critérios de emprestar dinheiro para os países, não se sufocar, mas de emprestar na perspectiva de que o país vai criar condições de investir o dinheiro, se desenvolver e pagar, sem que o pagamento atrofie as finanças”, afirmou.



O chefe do Executivo também disse ser favorável à entrada de mais países no grupo, desde que tenham “grau de compromisso” com o bloco. “O Brics não pode ser um clube fechado”, afirmou o petista.



Lula negou que o bloco seja um contraponto ao G7, o grupo dos países industrializados, liderado pelos Estados Unidos.


“A gente não quer ser contraponto ao G7 ou ao G20, nem aos Estados Unidos. A gente quer se organizar. A gente quer criar uma coisa que nunca teve, que nunca existiu. O Sul Global… Nós sempre fomos tratados como se fôssemos a parte pobre do planeta, como se não existíssemos, declarou o presidente.


“Nós sempre fomos tratados como se fôssemos de segunda categoria. E de repente a gente está percebendo que podemos nos transformar em países importantes”.




🇧🇷 “A gente não quer ser contraponto ao G7, ao G20 ou aos EUA, a gente quer se organizar”, diz Lula sobre os BRICS. Segundo o presidente brasileiro, a simbologia dos BRICS é ter um organismo “forte” e capaz de “tentar melhorar as relações no mundo”.
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Lula ainda citou a Argentina como país a entrar no grupo: “É muito importante a Argentina estar nos Brics. O Brasil não pode fazer política de desenvolvimento industrial sem lembrar que a Argentina tem que crescer junto”, ressaltou.



O mandatáro também voltou a defender a criação de uma moeda comum para transações entre os países participantes do bloco e do Mercosul, em substituição ao dólar. “Pra vender para o Brasil, não deveria precisar de dólar”, disse. “É possível a gente ajudar a Argentina tendo como moeda o yuan.”


Lula está na África do Sul, para participar da cúpula de líderes do Brics. A cidade será a sede do 15º encontro de chefes de Estado do bloco. O presidente chegou a Joanesburgo na última segunda-feira (21).

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