Editor do The Intercept Brasil afirmou que todos já sabem que as conversas reveladas pela Vaza Jato são autênticas, falou sobre os métodos de apuração e ainda disparou: "O jogo cínico que Moro e Dallagnol estavam fazendo acabou" Em entrevista a jornalistas do programa “Roda Viva”, da TV Cultura, Glenn Greenwald, editor do site The Intercept Brasil, reafirmou, diante da insistência dos entrevistadores, que as mensagens entre procuradores do Ministério Público Federal (MPF) e o ministro da Justiça, Sérgio Moro, que vêm desvendando a nuance parcial e política da operação Lava Jato, são autênticas
Ele contou que todo o conteúdo foi analisado por especialistas, inclusive estrangeiros, e que as conversas ainda passaram por análises de outros veículos que estão divulgando a série, como a Veja, a Folha de S. Paulo, o El País, a Agência Pública e o BuzzFeed.
“Esse jogo cínico que Moro e Dallagnol estavam fazendo acabou. Todos sabem que as mensagens são autênticas. Temos um ministro da Justiça e um coordenador da Lava Jato que usavam métodos corruptos não em casos isolados, mas o tempo todo”, afirmou.
Em uma sabatina com tom quase intimidatório, Greenwald negou que tenha pagado qualquer quantia financeira para sua fonte repassar as informações que obteve e também disse que sua equipe não trabalham com estratégia de “timing” para as matérias, mas apenas com apuração jornalística.
Ele ainda lembrou de quando defendia a operação Lava Jato e negou que a série de reportagens estejam enfraquecendo a operação. “Em 2016 eu dei uma palestra onde estava Dallagnol e outros procuradores, elogiei a Lava Jato, mas é impossível combater a corrupção com corruptos ou métodos corruptos. Então, eu acredito, sem dúvidas, que o trabalho que estamos fazendo não está enfraquecendo a Lava Jato e nem o combate à corrupção. Está fortalecendo pois está levando mais credibilidade”, analisou.
Por vários momentos do programa, os jornalistas tentaram “emparedar” Greenwald ao sugerirem que ele não deveria usar de um material obtido de maneira ilícita para fazer as matérias da Vaza Jato. O jornalista, então, lembrou que em todo o mundo democrático as maiores reportagens da história foram feitas baseadas em informações obtidas de forma ilegal, praticamente dando uma aula de jornalismo aos entrevistadores.
“Se você olha o jornalismo do mundo democrático, em boa parte das vezes é baseado em fontes que adquiriram informações de maneira ilícita. O caso do Pentagon Papers foi um exemplo disso, que mostrou que o governo dos EUA estava mentindo sobre a Guerra do Vietnã. Esses documentos foram mandados pela fonte para o The New York Times e hoje ele é um herói. Quando do caso Snowden, ninguém nesse país questionou o fato de que as informações foram adquiridas de maneira ilícita”, disparou Glenn.
“Ele ainda completou: “Em 2016 tinham informações hackeadas de Hillary Clinton durante a corrida presidencial e todos os jornais publicaram essa informação que foi hackeada. Por que o jornalista não é policia. Ele tem que fazer duas perguntas: esse material é autêntico e tem relevância publica? E a resposta para as duas perguntas é sim”, pontuou.
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DCM- Na madrugada desta terça-feira (1º), um casal foi brutalmente agredido em um bar de Ceilândia Sul, no Distrito Federal, em um ataque motivado por homofobia. Bruno Vieira de Miranda e seu namorado, Luís Carlos Gomes, foram atacados por um grupo de oito homens após recusarem um convite para dançar, que teria sido feito por um dos agressores. O incidente ocorreu no bar Original Eskina BAE. Com informações do Metrópoles. O agressor passou a ofender verbalmente o casal, dizendo: “Eu sou homem, não sou viado”, e iniciou uma briga com Luís Carlos: “Nos jogaram para dentro do banheiro e foi quando começou, por volta de uns oito caras, agredindo eu e meu namorado. Tomei quatro pontos na testa e três na cabeça. Meu namorado está com as costas pisada, toda machucada. Ele levou quatro pontos no pé. […]”, contou Bruno. A violência só cessou com a chegada da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que foi acionada para conter a confusão. As vítimas relataram que os policiais que aten...
Urbs Magna - Condenada a 10 anos de prisão pelo STF, a deputada que está na lista da Interpol carrega mágoa pela ingratidão do ex-presidente e delação premiada exporá segredos do bolsonarismo. Carla Zambelli, deputada federal pelo PL-SP, tornou-se um risco iminente para Jair Bolsonaro após sua fuga do Brasil para a Itália. Condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ela está na lista vermelha da Interpol, o que restringe seus movimentos na Europa. “Ela é um risco gigante para o Jair Bolsonaro, porque ela não vai demorar uma semana para fazer uma delação premiada. Ela tem o que delatar”, afirmou o jornalista Eduardo Guimarães, em seu canal no YouTube, Blog da Cidadania, neste sábado (7/jun). A tensão entre Zambelli e Bolsonaro se intensificou após episódios de desavenças públicas. “O Bolsonaro chegou a bloqueá-la no WhatsApp porque ela, quando foi condenada, pediu o apoio do ex-presidente”, revelou...
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