Cris Guimarães, mestranda do programa de pós-graduação em Letras da Universidade Federal do Amazonas, fez um trabalho sobre a produção de memes a partir dos discursos de ódio nas falas de Jair Bolsonaro
A aluna Cris Guimarães Cirino da Silva, mestranda no programa de pós-graduação em Letras da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), está sendo perseguida por apoiadores de Jair Bolsonaro. Isso graças a uma postagem no Twitter do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
A reação ocorreu depois que o filho de Jair Bolsonaro fez uma postagem no Twitter. “Alguém me diga que isso é mentira… Não sei se dou risada ou se choro”, postou o deputado junto à imagem de um slide onde aparece o tema do trabalho da aluna: “A Bolsonarização da esfera pública: Uma análise Foulcatiana sobre (RE) produção de memes a partir dos discursos de ódio nas falas de Bolsonaro”.
A partir do comentário de Eduardo, Cris passou a ser atacada nas redes sociais por simpatizantes do presidente. Em seguida, a violência saiu da internet e foi para as ruas: ameaçaram quebrar seu carro na universidade.
O professor doutor Leonard Christy Souza Costa, orientador de Cris, saiu em defesa da aluna no Facebook:
Confira a íntegra da mensagem do professor:
Fui surpreendido com uma foto do primeiro slide de apresentação da minha orientanda que pesquisa sobre Bolsonaro, fake news e memes viralizando na internet. Na divulgação das mídias sociais, algumas pessoas interpretaram que havia uma defesa de dissertação de mestrado. Não ainda. Foi uma apresentação em um seminário de metodologia promovido pelo Mestrado em Letras da Ufam.
Ainda em 2019, ela deve qualificar a dissertação para somente aí se preparar para a defesa, ano que vem.
Ela é uma ótima aluna, e o trabalho caminha muito bem. Por que tanta repercussão?
Porque o trabalho lembra as fake news do Presidente Bolsonaro. A técnica não é difícil. Coletam-se posts onde o discurso de ódio está presente, assim como fake news também. Após fazer isso, se busca explicação analítica dentro do pensamento de Foucault. É uma pesquisa no âmbito da Análise do Discurso.
Parece que o resultado de tanta reverberação se deve ao fato de, supostamente, estarmos doutrinando pessoas. Espalhando o marxismo através de mecanismos vis para fazer que, assim, o PT retorne ao poder, implementemos uma República Bolivariana e, então, o comunismo chegue de vez ao planalto.
Ora, além dessa visão ser absurda e nonsense, ela é facilmente desmontável. Procurei demonstrar o autoritarismo e o lado fake news em um artigo escrito em coautoria com meu amigo Éderson Silveira. Segue o link do trabalho, intitulado Efeito Bolsonaro. Anatomia do autoritarismo. Há no livro que coleta esses artigos, aliás, excelentes textos. A distribuição é online e gratuita.
O Bolsonaro dispara fake news (basta ler o artigo) e é um sério risco para a democracia brasileira. O mesmo ato de violência que ameaça uma mestranda de depredação do seu carro, corrobora com o fuzil substituindo a diplomacia e a autocracia substituindo a democracia.
É preciso falar, se posicionar, criticar, caso não queiramos ver o Brasil ter uma Constituição feita, não por motivos jurídicos, mas por motivos autoritários.
A Democracia é mais importante que a direita e a esquerda.
A violência é uma lâmina que fere a quem recebe a facada, tanto quanto quem a utiliza.
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DCM- Na madrugada desta terça-feira (1º), um casal foi brutalmente agredido em um bar de Ceilândia Sul, no Distrito Federal, em um ataque motivado por homofobia. Bruno Vieira de Miranda e seu namorado, Luís Carlos Gomes, foram atacados por um grupo de oito homens após recusarem um convite para dançar, que teria sido feito por um dos agressores. O incidente ocorreu no bar Original Eskina BAE. Com informações do Metrópoles. O agressor passou a ofender verbalmente o casal, dizendo: “Eu sou homem, não sou viado”, e iniciou uma briga com Luís Carlos: “Nos jogaram para dentro do banheiro e foi quando começou, por volta de uns oito caras, agredindo eu e meu namorado. Tomei quatro pontos na testa e três na cabeça. Meu namorado está com as costas pisada, toda machucada. Ele levou quatro pontos no pé. […]”, contou Bruno. A violência só cessou com a chegada da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), que foi acionada para conter a confusão. As vítimas relataram que os policiais que aten...
Urbs Magna - Condenada a 10 anos de prisão pelo STF, a deputada que está na lista da Interpol carrega mágoa pela ingratidão do ex-presidente e delação premiada exporá segredos do bolsonarismo. Carla Zambelli, deputada federal pelo PL-SP, tornou-se um risco iminente para Jair Bolsonaro após sua fuga do Brasil para a Itália. Condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ela está na lista vermelha da Interpol, o que restringe seus movimentos na Europa. “Ela é um risco gigante para o Jair Bolsonaro, porque ela não vai demorar uma semana para fazer uma delação premiada. Ela tem o que delatar”, afirmou o jornalista Eduardo Guimarães, em seu canal no YouTube, Blog da Cidadania, neste sábado (7/jun). A tensão entre Zambelli e Bolsonaro se intensificou após episódios de desavenças públicas. “O Bolsonaro chegou a bloqueá-la no WhatsApp porque ela, quando foi condenada, pediu o apoio do ex-presidente”, revelou...
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