Morre, após ser baleado em discurso, Miguel Uribe, pré-candidato à presidência da Colômbia


 Brasil 247 -  Senador de 39 anos foi baleado na cabeça durante um comício em junho.

O senador colombiano Miguel Uribe, de 39 anos, faleceu nesta segunda-feira (11), após ser baleado na cabeça em um atentado durante um comício em Bogotá, em junho deste ano. Uribe, que era pré-candidato à presidência da Colômbia nas eleições de 2026, estava internado desde o ataque, ocorrido em 7 de junho, quando foi atingido por três tiros, dois deles na cabeça e um na coxa esquerda. As informações são do g1.

Uribe era uma figura conhecida na política colombiana, sendo senador de oposição e um dos principais nomes na corrida presidencial. Neto de um ex-presidente e filho de uma jornalista sequestrada e assassinada pelo Cartel de Medellín, sua trajetória foi marcada por uma luta contra a violência que ainda assola a Colômbia. O atentado ocorreu durante um evento de rua em Bogotá, enquanto o político discursava sobre suas propostas para o país.

O suspeito do crime, um adolescente de 15 anos, foi apreendido no local do ataque, mas, até a última atualização, a polícia não havia confirmado se ele teria algum vínculo com grupos criminosos ou políticos. Uribe foi levado imediatamente ao hospital Fundação Santa Fé de Bogotá, onde chegou em estado crítico. Apesar de uma estabilização temporária, seu quadro voltou a se agravar no sábado, quando uma nova hemorragia foi detectada, levando-o a uma cirurgia de emergência.

Em um comunicado divulgado pelo hospital, foi informado que Uribe teve que ser sedado novamente após a intervenção, mas o quadro permaneceu crítico até a confirmação de sua morte nesta segunda-feira. O ex-presidente Álvaro Uribe Vélez, líder do partido Centro Democrático, lamentou profundamente a perda: "O mal destrói tudo, mataram a esperança. Que a luta de Miguel seja uma luz que ilumine o caminho correto da Colômbia", disse.

O atentado gerou uma onda de solidariedade, com líderes políticos locais e internacionais condenando a violência. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, emitiu uma ordem para a investigação do caso, enquanto a Procuradoria-Geral confirmou que, além de Uribe, outras duas pessoas também ficaram feridas no incidente. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o senador ferido, coberto de sangue, sendo socorrido por seus apoiadores.

Em solidariedade, o governo brasileiro, por meio do Itamaraty, expressou seu repúdio ao ato de violência, destacando a importância da investigação. "O governo brasileiro condena firmemente o ataque contra o senador Miguel Uribe Turbay e confia na plena apuração do caso", afirmou o Ministério das Relações Exteriores em nota oficial. A comunidade internacional também se manifestou, com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, condenando o atentado.

A trajetória de Miguel Uribe é marcada por uma conexão com os horrores do narcotráfico, já que seu pai, Diana Turbay, foi sequestrada e assassinada em 1991 por narcotraficantes associados a Pablo Escobar, quando Miguel tinha apenas cinco anos. O caso foi imortalizado no livro "Notícias de um Sequestro", do escritor Gabriel García Márquez, laureado com o Nobel de Literatura em 1982. Uribe, que fez parte do partido Centro Democrático, fundado por Álvaro Uribe Vélez, também era neto de Julio César Turbay Ayala, presidente da Colômbia de 1978 a 1982.

A morte de Miguel Uribe é mais um capítulo trágico na história de violência que tem marcado a política da Colômbia, onde, nos últimos 50 anos, três candidatos presidenciais perderam a vida em atentados fatais. Em 1989, Luiz Carlos Galán, em 1990, Bernardo Jaramillo Ossa e Carlos Pizarro Leongómez, fora as tentativas contra Álvaro Uribe, marcaram o país com a violência política.



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