Aliado de Trump sugere expulsão de Elon Musk dos EUA: 'Deportação em pauta
UOL - Steve Bannon, ex-assessor de Donald Trump, disse ontem que o dono do X, Elon Musk, deveria ser deportado dos EUA. A declaração acontece em meio ao embate público entre o presidente dos EUA e o bilionário da tecnologia.
O que aconteceu
Bannon defendeu que a situação imigratória de Musk, que é sul-africano, deveria ser investigada. "Eles deveriam iniciar uma investigação formal sobre seu status imigratório, porque tenho a forte convicção de que ele é um estrangeiro ilegal e deveria ser deportado do país imediatamente", disse o ex-assessor, em entrevista ao The New York Times.
O aliado de Trump também afirmou que o dono do X deveria ser investigado por suposto uso de drogas. Além disso, ele cobrou apuração sobre a suposta informação privilegiada que Musk teria recebido do Pentágono sobre o plano das Forças Armadas dos EUA para qualquer guerra contra a China.
Mais cedo, o presidente dos EUA sugeriu que poderia romper os contratos de Musk com o governo. Os dois iniciaram um embate público anteontem, quando o bilionário da tecnologia chamou o novo orçamento do republicano de "abominação repugnante".
O republicano disse ainda que pediu para Musk deixar o governo e o chamou de louco. "Elon estava se desgastando. Pedi para ele sair, retirei seu 'mandato de veículos elétricos', que forçava todo mundo a comprar carros elétricos que ninguém mais queria (o que ele sabia há meses que eu faria!). E ele simplesmente ficou louco!".
Após os posts de Trump, Musk fez uma publicação no X em que liga o presidente a um escândalo sexual. O fundador da SpaceX afirmou que o republicano aparece na lista de pessoas que frequentaram as festas de Jeffrey Epstein, empresário já morto e que tinha associação com uma rede de prostituição e exploração de menores.
Trabalho ilegal de Musk
Elon Musk trabalhou ilegalmente nos EUA no final dos anos 1990, segundo o jornal Washington Post. O sul-africano não tinha o direito legal de trabalhar no país durante a construção da empresa que se tornou a Zip2, vendida por cerca de US$ 300 milhões em 1999, de acordo com a reportagem publicada em outubro do ano passado.
O bilionário abandonou a Universidade de Stanford para fundar a empresa. Deixar a instituição de ensino deixou Musk sem a base legal para permanecer nos EUA, analisaram especialistas ouvidos pelo jornal à época.
Investidores deram prazo para Musk e seu irmão se regularizarem. A empresa Mohr Davidow Ventures investiu US$ 3 milhões na Zip2 com a condição de cobrar o dinheiro de volta, caso a regularização não fosse feita.
Mohr Davidow Ventures ajudou os irmãos a conseguir vistos, de acordo com uma biografia publicada em 2023. "Eu diria que era uma área cinzenta", afirmou Musk durante uma entrevista em 2013. "Éramos imigrantes ilegais", retrucou o irmão, Kimbal.
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