Após corte de Tarcísio, Lula assegura recursos para tratamento de crianças com câncer

 

DCM - O governo do presidente Lula (PT) vai garantir um convênio de R$ 1,4 milhão com a Casa Hope, instituição filantrópica que presta assistência a crianças e adolescentes com câncer na cidade de São Paulo. A decisão vem para reparar o corte de verbas promovido pelo governador bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), que retirou o apoio financeiro estadual que a entidade recebia anualmente desde 2007.

A Casa Hope oferece há 31 anos acolhimento completo a pacientes oncológicos vindos de diversas regiões do Brasil, com hospedagem, alimentação, apoio psicológico, cursos e assistência constante para eles e seus familiares. A maioria dos atendidos é encaminhada por hospitais públicos e privados que atuam no SUS na capital paulista.

O repasse de aproximadamente R$ 1 milhão anual, que era feito pela Secretaria Estadual de Saúde desde o governo de José Serra, foi abruptamente interrompido por Tarcísio, ignorando a importância social e humanitária do serviço prestado pela instituição. A denúncia foi revelada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

Em resposta, os ministros Márcio França (Empreendedorismo) e Alexandre Padilha (Saúde) se reuniram nesta segunda-feira (28) com a diretoria da Casa Hope para oficializar o apoio federal. França relatou ter se sensibilizado ao ler sobre a situação e buscou imediatamente uma solução com o colega do Ministério da Saúde.

Durante a reunião, França e Padilha reafirmaram o compromisso do governo Lula com políticas públicas que valorizam a vida e a dignidade das pessoas. França declarou ainda que buscará diálogo com o governo estadual para que a verba paulista também seja retomada: “A ideia é que a instituição fique com as duas verbas, para que possam ficar mais tranquilos”, disse o ministro.

A atitude do governo federal reforça a diferença de prioridades entre uma gestão humanista e socialmente comprometida com os mais vulneráveis, e uma administração estadual que escolhe cortar recursos justamente de quem mais precisa.