PF convoca Mauro Cid e seu pai para depoimento sobre nova joia de Bolsonaro


 DCM - O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, e seu pai, o general Lourena Cid, foram convocados para prestar novo depoimento à Polícia Federal para falar sobre a negociação de uma nova joia nos Estados Unidos. A audiência está marcada para o próximo dia 18 e eles terão que esclarecer a negociação do item. A informação é do jornal O Globo.

A descoberta da nova joia ocorreu durante diligências da Polícia Federal em lojas dos Estados Unidos. Uma testemunha interrogada por investigadores apontou a existência do novo item e afirmou que a venda dele acabou não sendo concluída.

O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que a descoberta desta nova joia fortalecerá as investigações sobre a venda de presentes recebidos por Bolsonaro em viagens oficiais.

Em maio, um agente e um delegado da PF viajaram aos EUA em uma cooperação internacional com o FBI, o Departamento Federal de Investigação. Em cidades como Miami (Flórida), Willow Grove (Pensilvânia) e Nova Iorque (NY), os policiais colheram depoimentos de comerciantes, acessaram imagens de câmeras de segurança e obtiveram documentos, incluindo movimentações financeiras dos investigados.


“Durante esta diligência no exterior com o FBI, foi descoberta uma nova joia negociada que não estava inicialmente no foco da investigação. A descoberta de um novo bem vendido no exterior possivelmente atrasou a conclusão do inquérito. Isso fortalece a investigação iniciada desde a apreensão no aeroporto”, afirmou o diretor da PF.

Mauro Cid foi um dos principais responsáveis pela negociação das joias nos Estados Unidos. Foto: Adriano Machado/Reuters

Para o delegado Ricardo Andrade Saadi, diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado e à Corrupção (Dicor), a identificação desta nova joia vendida pode agravar a definição da pena em caso de condenação dos envolvidos.

Estão sendo investigados crimes como peculato e organização criminosa. Segundo as investigações, auxiliares de Bolsonaro venderam ou tentaram vender ao menos quatro itens, sendo dois entregues pela Arábia Saudita e dois pelo Bahrein.

No inquérito, a PF indica a existência de uma organização criminosa ao redor do ex-presidente que desviou joias, relógios, esculturas e outros itens de luxo recebidos por ele como representante do Estado brasileiro. Entre os presentes negociados, estão relógios das marcas Rolex e Patek Phillipe, vendidos para a empresa Precision Watches por um total de US$ 68 mil (cerca R$ 347 mil na cotação da época).

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