Depois dos áudios com ataques à PF e ao Moraes, os aliados de Bolsonaro estão considerando que Cid está próximo de voltar para a prisão.


 Brasil 247 -Avaliação é de que os áudios que questionam a imparcialidade das investigações podem fazer com que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro perca os benefícios da delação premiada


Após o vazamento de áudios nos quais ataca a Polícia Federal e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, aliados de Jair Bolsonaro (PL) veem o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-mandatário, perto de voltar à prisão. A avaliação, segundo a coluna do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles, é de que, embora os áudios possam ser positivos para Bolsonaro, uma vez que questionam a imparcialidade das investigações, eles podem ter um “efeito devastador para Cid e fazê-lo perder os efeitos da colaboração premiada”.


Além disso, há uma percepção de que Alexandre de Moraes, responsável por diversos processos envolvendo figuras do governo Bolsonaro, além do próprio ex-mandatário, não deixará Mauro Cid em liberdade após o vazamento dos áudios. Em um dos trechos, Cid sugere que os depoimentos prestados à Polícia Federal têm como objetivo apenas "confirmar a narrativa" já pré-estabelecida pelos investigadores, o que pode ser interpretado como uma tentativa de descredibilizar as investigações.




Agora, a PF vai analisar o teor das gravações e, dependendo da apuração, a delação premiada pode ser anulada. A Polícia Federal também sugeriu que Mauro Cid seja ouvido pelo juiz instrutor do caso para esclarecer os áudios vazados. Cid deverá ser ouvido nesta sexta-feira (22) pelo juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes. 

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