O BNDES recebeu um aporte de R$ 8,33 bilhões do Banco dos BRICS para apoiar o financiamento de iniciativas voltadas à sustentabilidade

Brasil 247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou a importância dos bancos públicos no desenvolvimento do país durante a cerimônia de assinatura dos contratos entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), também conhecido como Banco dos BRICS. O evento, realizado na sede do BNDES no Rio de Janeiro em 6 de dezembro, contou com a presença de Lula, da ex-presidente Dilma Rousseff (atual presidenta do NDB) e de Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.

Lula destacou que os bancos públicos, como o BNDES, desempenham um papel crucial, preenchendo lacunas que os bancos privados não conseguem. Ele ressaltou que essas instituições foram fundamentais para a superação da crise de 2008 e 2009, enfatizando o papel do BNDES, Banco do Brasil, Caixa e outros.

Os R$ 8,33 bilhões em empréstimos do NDB, apelidados de "empréstimos verdes", foram confirmados durante a cerimônia e estão destinados a financiar programas de desenvolvimento sustentável no Brasil. Isso inclui projetos do Programa de Aceleração do Crescimento 3 (PAC-3) e iniciativas de preservação ambiental. Dilma Rousseff salientou a importância do desenvolvimento sustentável e inclusivo, reforçando a missão do NDB de mobilizar recursos para investimentos em desenvolvimento econômico, social e logístico, além de expandir energias alternativas e proteger os países contra as mudanças climáticas.

Os recursos serão direcionados pelo BNDES para financiar projetos em áreas como energia renovável, mobilidade urbana, água e saneamento, infraestrutura social, tecnologias da informação e comunicação (TIC), educação e saúde. Os contratos estabelecem um prazo de 24 anos para a captação, com até 30% dos recursos destinados ao financiamento de debêntures nos setores específicos.

É importante notar que, embora os empréstimos tenham sido aprovados pelo Senado Federal em 2020 e 2021, eles foram priorizados após a posse de Lula como presidente em janeiro deste ano e a nomeação de Dilma ao NDB em março de 2023. A cerimônia de assinatura também contou com a presença dos ex-presidentes Pepe Mujica (Uruguai) e Ernesto Samper (Colômbia), destacando a importância dos esforços internacionais para enfrentar as mudanças climáticas e promover o desenvolvimento sustentável.