Lula desembarca na Alemanha para encontros bilaterais, após desentendimento com Macron a respeito do acordo Mercosul-UE


  DCM - No último domingo (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a Berlim, na Alemanha, para uma estadia de três dias com uma agenda repleta de compromissos. Lula participará de um jantar oferecido pelo chanceler Olaf Scholz e, na segunda-feira (4), está programado um encontro com o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, e com a presidente do Bundesrat (Câmara alta do Parlamento alemão), Manuela Schwesig. Além disso, Lula terá novas reuniões com Scholz, uma sessão entre as cúpulas dos governos brasileiro e alemão, e uma agenda prevista com representantes de empresas alemãs e brasileiras.

Em uma publicação no X (antigo Twitter), Lula destacou a importância de retomar o diálogo com os alemães, que tinha sido negligenciado em governos anteriores, visando fortalecer os laços com uma das maiores e mais avançadas economias do mundo. Esta é a primeira visita oficial de um presidente brasileiro à Alemanha em mais de uma década, sendo a última em 2012, quando Dilma Rousseff foi recebida pela então chanceler Angela Merkel. Desde que reassumiu a presidência em janeiro, esta é a quarta vez que Lula se encontra com Scholz.

Durante a estadia, as negociações para o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE) devem ser o foco principal. Com a Cúpula do Mercosul marcada para esta semana no Rio de Janeiro, Lula busca anunciar o acordo durante o evento. Na última sexta-feira (1ª), um porta-voz do governo alemão expressou urgência em fechar o acordo, destacando o apoio de Berlim e o desejo de conclusão rápida.

No contexto das discussões sobre o acordo, durante a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), o presidente francês Emmanuel Macron surpreendeu ao criticar o Mercosul por sua relutância em aceitar medidas mais abrangentes em prol da defesa ambiental nos termos do acordo. Macron afirmou ser contra o acordo Mercosul-UE, alegando incompatibilidade com as ações de Lula no Brasil e defendendo uma reavaliação do acordo negociado há duas décadas.




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