Investigação não identificou evidência de que o acusado tenha matado o policial militar, o evento que desencadeou uma chacina no Guarujá
Revista Fórum - Laudo residuográfico realizado pela Polícia Científica nas mãos de Ericksn David da Silva, o “Deivinho”, preso por assassinar o soldado da Rota Patrick Reis, não encontra resíduos de disparo de arma de fogo.
No disparo, a combustão do propelente cria o gás que vai impelir a "bala" na direção do alvo.
Durante este processo, rápido e violento, outras substâncias também escapam do cano, tais como resíduos sólidos do projétil e da detonação da "pólvora" e gases como monóxido e dióxido de carbono, além de óxidos de nitrogênio (nitratos e nitritos). Esses resíduos se espalham pelo ambiente, mas em geral se concentram no que está mais perto - a mão do atirador e sua roupa.

É preciso destacar que a própria Polícia Científica, ao apresentar o laudo pericial de resultado negativo para disparo de arma de fogo por parte do acusado, ressalva que o teste não é absolutamente conclusivo:
“Aplicando-se as técnicas adequadas e padronizadas, foi realizada a referida colheita dos materiais de ambas as mãos Sr. ERICKSON DAVID DA SILVA, SILVA, para em seguida, já acondicionados, ser realizado o exame de RESIDUOGRAFIA METÁLICA (cátion chumbo), pelo método de FIEGL-SUTTER.

Desde o início das investigações, acusado Erickson David da Silva afirma ser inocente e jamais ter realizado qualquer disparo com arma de fogo no dia do crime. Ainda assim, ele se encontra preso e já responde na Justiça por homicídio doloso.
A principal prova apresentada pela Polícia Civil e que levou à sua denúncia é o depoimento de um traficante confesso que afirma ter sido Deivinho (e não ele, o traficante, que também era um dos suspeitos) o autor do disparo fatal.
No último dia 8, data em que foi realizado o exame residuográfico, a juíza Denise Gomes Bezerra Mota, da 1ª Vara Criminal do Foro do Guarujá (SP), acatou a denúncia do Ministério Público e tornou três suspeitos réus pelo homicídio do soldado Patrick.
Os réus são Erickson David Silva, conhecido como Deivinho, Kauã Jazon da Silva, irmão de Deivinho, e Marco de Assis Silva, conhecido como Mazzaropi (é este quem acusa Deivinho de ter atirado). Todos se encontram presos cautelarmente.
Veja a íntegra do laudo residuográfico apresentado pela Polícia Científica.
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