Depois de deixar 1500 cidades sem nenhum médico, Bolsonaro e seu filho voltam a criticar Cuba com mentiras

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), em seu perfil no Twitter, voltou a fazer críticas sobre a saída de Cuba do programa Mais Médicos.

"Atualmente, Cuba fica com a maior parte do salário dos médicos cubanos e restringe a liberdade desses profissionais e de seus familiares. Eles estão se retirando do Mais Médicos por não aceitarem rever esta situação absurda que viola direitos humanos. Lamentável!", escreveu o presidente.
Bolsonaro mentiu, deliberadamente. Cuba contrata médicos via edital, uma espécie de concurso público. Os médicos que passam são contratados pelo governo cubano para ajudar diversos países. O governo cubano paga os salários e na maioria das vezes arca com todos os custos sem receber nada em troca. Alguns países passaram a pagar o governo cubano pela ajuda humanitária, como uma espécie de terceirização.

O presidente eleito votou a favor da terceirização irrestrita e para ele não há problema algum que um brasileiro ganhe menos de 40% do salário que é pago à empresa terceirizadora. Mas no caso de pagar para Cuba, ele prefere deixar mais de 1500 municípios sem médicos por conta de sua ideologia ultrapassada de direita.
Os médicos que estão voltando a Cuba vão continuar recebendo o mesmo salário do governo cubano e ficarão à espera de serem enviados a outros locais. Suas famílias podem vir ao Brasil no momento em que bem entenderem, desde que o Brasil lhes conceda visto. Qualquer cubano pode tirar um passaporte e sair do país no momento em que desejar, se tiver visto para entrar no seu destino final.

Eduardo Bolsonaro também mentiu, fez alusão à escravidão e disse que médicos cubanos são tratados como escravos. Bem, se fosse verdade eles aproveitariam a deixa e seguiriam no Brasil.


Fonte: UOL

Um comentário:

  1. Eu acho que falta dizer ao presidente que se os médicos fossem tratado como dizem, ficaria no Brasil e pedira proteção ou asilo !

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