Folha de S Paulo - Internautas fazem piadas sobre declaração do presidente em defesa do ministro
O presidente Jair Bolsonaro (PL) acumulou mais um nome em sua coleção de ministros exonerados nesta segunda-feira (28) ao aceitar a demissão de Milton Ribeiro, o quarto a comandar a pasta da Educação desde o ínicio do governo.
A gestão de Milton não resistiu às revelações, da Folha e de outros veículos, de indícios de um esquema informal de obtenção de verbas envolvendo dois pastores sem cargo público no MEC (Ministério da Educação).
Apenas quatro dias antes da decisão, porém, o presidente havia usado a sua live semanal para fazer uma defesa enfática do ministro, chegando a dizer que colocaria a "cara no fogo" pelo auxiliar.
"O Milton, coisa rara de eu falar aqui: eu boto minha cara toda no fogo pelo Milton. Estão fazendo uma covardia contra ele", disse Bolsonaro na quinta-feira (24).
Logo após a demissão, inúmeros internautas relembraram e fizeram piadas sobre a declaração do presidente. O nome do ex-ministro também chegou aos assuntos mais comentados do Twitter no Brasil nesta segunda.
Usuários também demonstraram pessimismo em relação à sucessão do ministro e criticaram a atmosfera de instabilidade que predomina no ministério, marcado por gestões curtas e polêmicas.
Desde o início do governo Bolsonaro, o MEC atravessa uma série de crises e escândalos. Em pouco mais de três anos, quatros ministros já comandaram (e foram dispensados) do órgão. Antes de Milton Ribeiro, tivemos Ricardo Vélez (o aluno), Abraham Weintraub (o professor) e Carlos Decotelli (o breve). Contamos a trajetória de cada um deles nesta thread.
Houve também quem chamasse atenção para o fato de que Milton Ribeiro sai do governo manchado por indícios de corrupção, um dos temas mais caros para Bolsonaro desde a sua eleição em 2018. O discurso anticorrupção marcou o bolsonarismo e serviu para fortalecer o discurso antissistema do então candidato.
0 comentários:
Postar um comentário