Com raras exceções, os políticos deixam as aeronaves para pisar na lama onde pobres teimam em sobreviver. E ainda há alguém, como o próprio governador Romeu Zema (Novo), que os culpa por morar em área de risco. Para onde iriam? Pampulha, onde mora o governador? Zona Sul, onde mora o prefeito Alexandre Kalil (PSD) e a maioria dos políticos? Como o metro quadrado por ali é proibitivo, se alojam onde nada pagam porque a vida deles é que é quadrada.
Cadê as emendas e o fundo partidário?
Todo mundo sabe, especialmente as autoridades, que, nessa época do ano, a situação climática se agrava e desastres podem acontecer. Os procedimentos são os de sempre. No último domingo, o ministro Gustavo Canuto seguiu o receituário. Ao descer do helicóptero, informou que o Governo federal tem R$ 90 milhões para socorrer municípios atingidos em todo o país. Ainda aconselhou os prefeitos a se capacitarem para conseguir a verba. Não, sr. ministro, precisa, não. Pode fazer falta em Brasília.
Na mesma linha, o governador Romeu Zema disse que tinha R$ 3 milhões para o socorro. Isso é muito pouco e nada representa quando o quadro não é de limpeza ou de adjutório, mas de recuperação, de reconstrução de cidades inteiras. Lamentável, triste e assustador tudo isso está acontecendo por contas das fortes chuvas. Em vez desse dinheirinho, deveriam buscar a fonte recursos como as emendas parlamentares e os fundos eleitoral e partidário.
Faltam obras de longo prazo
Os políticos precisam entender que é preciso trabalhar com planejamento de longo prazo e não apenas por 4 anos. Fazer obras que, embora ninguém veja quando seriam feitas ou inauguradas. Por quê? Porque ficariam no fortalecimento do solo ou debaixo dele, sob as ruas, nas galerias de rios e canais. As chamadas obras enterradas. É nessa hora grave, de tragédias humanas e ambientais, que elas são importantes, sejam as crises naturais ou provocadas, ou ainda, agravadas pela ação do homem e ou do poder público.
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