O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, funcionário do Itamaraty desde 1991, admitiu durante palestra nos Estados Unidos ter feito parte da articulação do golpe que tirou a presidente Dilma Rousseff do poder. “Posso dizer que nós conseguimos remover Dilma do governo”, disse.
Sua fala foi um festival de combate idológico - mais uma vez - e chegou a ser criticada por jornalistas, como Ishaan Tharoor, do Washington Post.
Afirmou que “justiça social” foi usada como pretexto para implantação de uma “ditadura” globalista, vinculada à esquerda, e que agora se quer fazer o mesmo sob o tema das mudanças climáticas. “Justiça social é apenas um pretexto para a ditadura”, disse.
De uma forma abstrata, Araújo disparou críticas a diversos filósofos, como Michel Foucault, Antonio Gramsci, Bertolt Brecht, Rosa Luxemburgo, Jacques Lacan, entre outros. E disse frases como “o globalismo é o mundo sem símbolos”, e a falta desses símbolos é o “desafio que a nossa civilização enfrenta”.
O ministro disse que a destruição ambiental é “climatismo” - neologismo que compara o fogo na Amazônia às estações do ano, conforme explicou a antropóloga Débora Diniz nas redes sociais. Para isso, citou Foucault, Lacan, Papa Francisco e Hitler.
Fonte: Brasil 247
0 comentários:
Postar um comentário