Nove homens e uma mulher podem ser indiciados por associação criminosa
por incêndio de um veículo próximo à USP; manifestantes negam
participação
Dez manifestantes foram detidos em São Paulo na manhã desta
sexta-feira (14), durante protesto nas proximidades da Cidade
Universitária, na zona oeste da capital, após um carro ser incendiado.
Os nove homens e uma mulher presos foram encaminhados ao 51º DP e
posteriormente ao Departamento Estadual de Investigações Criminais
(Deic), onde devem passar esta noite. manifestantes negam ter colocado
fogo no veículo.
O protesto realizado nesta manhã fez parte das manifestações da Greve
Geral contra a reforma da Previdência e os cortes na educação
promovidos pelo governo Bolsonaro.
Segundo o vereador Eduardo Suplicy (PT), que esteve no Deic para
acompanhar a situação dos detidos, os nove rapazes estão em uma cela
pequena sem banheiro nem comida, e devem permanecer lá até a audiência
de custódia, que deverá ser realizada no sábado no fórum João Mendes.
“Eles estão em uma cela muito pequena, se for para dormir os nove lá,
não daria”, disse Suplicy. Segundo ele, o único alimento que receberam
foi por meio dos advogados, após autorização do delegado Fabiano Fonseca
Barbeiro, responsável pelo caso.
Barbeiro disse a jornalistas no local que os dez devem ser indiciados
por associação criminosa, incêndio e dano ao patrimônio, por conta do
incêndio a um veículo ocorrido durante a manifestação desta manhã,
protagonizada sobretudo por alunos da USP e funcionários do Sintusp
(Sindicato dos Trabalhadores da USP).
“Eles me disseram ‘olha, estávamos a mais de 1 km de onde o carro foi
incendiado, como podemos ser culpados?’. Então, eu disse que eles devem
explicar tudo ao delegado”. Os dez detidos começaram a ser ouvidos por
volta das 16 horas e os depoimentos devem continuar até a noite desta
sexta.
Fonte: Revista Fórum
0 comentários:
Postar um comentário