Um professor de geografia foi demitido esta semana depois que um aluno gravou um vídeo em sala de aula, sem seu consentimento, quando ele fazia críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PSL). A gravação viralizou na web. Ele era docente de uma escola particular em São José dos Campos, interior de São Paulo.
A imagem foi gravada na última terça-feira (16). Na aula, o educador começa falando sobre as eleições de 2018 e critica o presidente e as políticas de governo. A aula seria em uma classe de ensino médio.
Em um dos trechos, o docente diz: “Já parou pra pensar que esse imbecil que ganhou porque foi a maioria que votou? Então foi democrático, certo? […] Mas sabe o que é pior? É quando a maioria que ganhar quer que a outra parte se f*. Se a maioria ganha e quer ajudar o resto, é uma coisa, mas quando a maioria ganha e quer que o preto se ferre, o pobre se ferre, o gay se ferre e a mulher se ferre, aí é pior que uma ditadura”, disse o professor aos alunos.
Em dois momentos do vídeo, que tem pouco mais de um minuto e meio, alunos tentam argumentar e dialogar com o professor, mas ele não dá oportunidade.
O professor lembrou ainda a presença da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, na posse do presidente. “Lembra que a mulher dele foi lá, linda fazer discurso pra surdo? O que ele fez no dia seguinte? Ele excluiu a pasta que cuida dos direitos de todos os surdos”, acrescentou.
Assista:
Depois que o vídeo viralizou e chegou ao conhecimento dos pais dos alunso, estes, em contato com a direção do colégio, criticaram a posição do professor. A direção decidiu, então, desligá-lo nessa quinta-feira (18).
Em sua página no Facebook, o Colégio Escola Poliedro divulgou uma nota sobre o caso.
Leia a nota na íntegra:
Sobre o vídeo publicado nas redes sociais com um trecho de aula de um professor, a Direção do Colégio Poliedro de São José dos Campos informa:
As diretrizes do Colégio são amplamente esclarecidas no processo de contratação de professores e também durante as reuniões pedagógicas. A instituição zela pelo ambiente de aprendizagem e estabelece regras para professores e alunos. As orientações incluem usar uma linguagem adequada ao ambiente acadêmico e também indicações explícitas sobre o não posicionamento político-partidário ou ideológico que possam provocar qualquer compreensão equivocada sobre aquilo que é conteúdo programático da disciplina e aquilo que é opinião do professor.
Em virtude dos pontos mencionados, o docente foi desligado da instituição. Independentemente do posicionamento pessoal do professor, o que buscamos foi nos manter dentro dos princípios e valores da instituição.
Reiteramos que a escola é um espaço para a pluralidade de ideias e para o diálogo, que favoreça o desenvolvimento intelectual e ajude o aluno a formar suas próprias convicções com respeito a visões divergentes.
A Direção destaca que não é permitido, sem autorização do professor, que os alunos usem aparelhos eletrônicos para gravar ou filmar as aulas e tampouco aprova qualquer atitude que possa coibir a atividade docente em suas diferentes dimensões.
O Poliedro reitera sua seriedade e comprometimento com a educação dos alunos e a formação de bons cidadãos.
Na aba de recomendações do colégio na página do Facebook, duas pessoas não recomendaram a escola, por não respeitar o professor demitido:
A Globo é a principal responsável. Sem que decemos conta, o governo do presidente eleito Jair Messias Bolsonaro, e eleito democraticamente diga-se de passagem, e quanto a isso não há o que se questionar, ainda que se questione as condições que providenciaram uma eleição improvável, foi agregando-se um general e outro e outro e outro, e ai está uma ditadura no Brasil em Pleno seculo XXI.
ResponderExcluirE ai temos que dizer que nada pode ser pior que isso, economicamente, porque nenhum país do mundo vai fazer negocios com países antidemocráticos. Para a tão sonhada democracia é um golpe fatal. Para as garantias individuais e colerivas uma tragédia. Iguamente trágico é para o estado de direito que a partir de agora passa a ser limitado pelo poder das armas.
Adeus democracia. Até breve, espero.
O que começou com uma desculpa do MPF de combater a corrupçao, levou nosso país a uma fragilidade tamanha que o fim não poderia ser nada além de catastrófico.
A sede de poder da republica de curitiba cirminalizou a política e ao fazer isso criou-se uma oportunidade ímpar para entrada e estruturação do nazifacismo acolhido pelo estrema direita. (Hoje como fica cada dia mais evidente é na verdade um clubinho que congrega de milicianos a empresários picaretas.)
Na justiça o corporativismo limitou e anestesiou o bom senso, não se permitindo perceber o tamanho do monstro que se alimentava dos restos de seu corpo putrefato. E não ha esperança agora. Provavelmente se amputarão os menbros grangrenados e lançarão aos abutriz que a essa altura ja estão a espreita observando o seu agonizar, anciosos pela refeição farta que farão.
Do congresso nacional não se pode essperar muita coisa. não vou nem discorrer sobre.
Agora é eperar que aquele gigante invencível que iberna dentro de cada um de nós acorde e equilibre essa balança, ele é a única esperança. Sem ele o " futuro" é só uma campo vazio devastado pela ignorância humana.