O novo capítulo da Vaza Jato também demonstra que Lula pretendia apenas atuar como ministro da Casa Civil, reconstruindo a aliança com o PMDB. Duas de suas conversas com Michel Temer deixam isso claro, mas os diálogos foram omitidos porque o objetivo da Lava Jato era criar a falsa impressão de que Lula pretendia apenas se blindar na Lava Jato – tese admitida por Gilmar Mendes para impedir sua posse na Casa Civil. Confira abaixo mais um trecho da reportagem da Folha e do Intercept:
A PF escutou duas conversas de Lula e Temer. Na primeira, eles marcaram uma reunião para o dia seguinte, e Lula disse a Temer que a rejeição enfrentada pelos políticos numa recente manifestação pró-impeachment mostrava que o avanço da Lava Jato criara riscos para todos os partidos, não só o PT.
Na segunda ligação, após discutir a situação de um aliado do vice-presidente no governo, o petista prometeu ser um parceiro e disse que eles deveriam atuar como "irmãos de fé". Segundo as anotações dos agentes da PF, Temer respondeu a Lula dizendo que "sempre teve bom relacionamento" com ele.
Embora os registros mostrem que os policiais prestaram atenção a todas as conversas do ex-presidente, o telefonema de Dilma foi o único que a PF anexou aos autos da investigação sobre Lula nesse dia antes que Moro determinasse o levantamento do sigilo do processo.
Informado das anotações da PF sobre suas conversas com Lula em 16 de março de 2016, o ex-presidente Michel Temer disse que reconhece os diálogos, e que nunca soube que tinha sido grampeado naquele dia.
Fonte: Brasil 247
0 comentários:
Postar um comentário