Da Folha:
(…)
Armar a população, desqualificar a universidade pública, defender a submissão das mulheres e dos afrodescendentes, estimular a humilhação da comunidade LGBT, ameaçar as artes e a ciência, lançar suspeitas sobre professoras, entregar patrimônio público ao setor privado, enaltecer ditadores, cultivar a intolerância internacional e desrespeitar o meio ambiente: das decisões mais simples às mais drásticas, acredito que assistimos a mudanças que alteram substancialmente o feixe de relações a que me referi.
Não estamos, portanto, diante de um mero ajuste fiscal, nem da adoção de um projeto liberal contra o tal “marxismo cultural”, mas do ataque a algumas das premissas do próprio humanismo.
Em verdade, a atual agenda econômica e cultural parece mais sintonizada com um processo de embrutecimento nas áreas do meio ambiente, relações exteriores, direitos humanos e educação. O debate sobre ela é vital.
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